O evento foi organizado pela Câmara Municipal de Tondela e da Junta de Freguesia local, a propósito dos 120 anos do nascimento da artista plástica, que tem obras expostas no Museu Municipal Terras de Besteiros e que doou o seu espólio à Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro.

Na abertura do colóquio “Ana de Gonta Colaço (1903-1954): 120 anos”, a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, começou por deixar palavras de elogio à Junta de Freguesia de Parada de Gonta pela realização da iniciativa e aos investigadores presentes, salientando que a organização deste colóquio internacional veio provar que “Parada de Gonta atrai cultura e conhecimento”.

“Valorizar o conhecimento é algo que para nós, Câmara Municipal, e para os executivos anteriores, é fundamental. A valorização da cultura e do património é algo que nós temos que fazer todos os dias nas mais variadas vertentes. E isso é trabalhado nas pequenas intervenções e conservações dos nossos sítios arqueológicos, na dinamização, conservação e restauro de um conjunto de peças importantes. Também na divulgação, valorização e na inclusão daquele que é o nosso património cultural, construído e edificado e em sessões desta natureza”, disse a autarca.

“Acho que esta jornada vai ser seguramente uma cereja no topo de bolo em muito daquele que tem sido o nosso desenvolvimento cultural. É uma jornada internacional que traz a Parada de Gonta vários peritos, pessoas que dedicam o seu dia a dia ao conhecimento e à investigação e à complicação de um conjunto de dados que vão deixar para Tondela e para o futuro”, completou.

Já a presidente da Junta de Parada de Gonta, Sandra Santos, agradeceu o apoio do município na realização do colóquio que “celebra os 120 anos do nascimento de Ana de Gonta Colaço”.

“Ela foi uma mulher vanguardista, uma mulher que viveu como bem entendeu. E cá estamos para a homenagear”, frisou, falando ainda num “dia em cheio”, que permitiu aos habitantes da freguesia e do concelho descobrirem mais acerca da artista que viveu os seus últimos anos na localidade.

“Parada de Gonta parece que tem uma aura, um íman que atrai artistas, parece que tem um cheiro a cultura e é nosso dever e uma honra receber-vos, ouvir-vos, aprender convosco (investigadores) e divulgar o nosso património cultural”, acrescentou Sandra Santos na abertura dos trabalhos.

O colóquio juntou dezenas de pessoas durante todo o dia, entre eles especialistas na obra de Ana de Gonta Colaço.

Durante o evento foi ainda descerrada, por parte das presidentes da Câmara de Tondela e da Junta de Parada de Gonta, uma placa evocativa na Casa das Matinas, que pertenceu à artista.

Além da presidente da autarquia, também o vice-presidente e vereador com o pelouro da cultura, João Carlos Figueiredo, marcou presença no colóquio.