Designado de 3G, o projeto pretende envolver no mesmo espaço as três respostas sociais da instituição e as diferentes gerações, num conceito organizacional diferenciador.
O investimento previsto ronda os 2,3 milhões de euros a financiar pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
O edifício, que foi comprado pela Misericórdia do Vale Besteiros por 400 mil euros à Opus Dei, sofrerá uma profunda remodelação para receber o lar de idosos, a creche, o jardim de infância e o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).
A Santa Casa já candidatou aos fundos da chamada bazuca europeia a parte das obras referente à creche e jardim de infância, está a preparar a candidatura da cozinha do SAD e a aguardar a abertura das linhas de financiamento do PRR para a Estrutura Residencial Para Pessoas Idosos (ERPI).
A Casa de Acolhimento Residencial Convívio Jovem também deverá ser transferida para os terrenos da antiga Escola Agrícola, num novo edifício a construir de raiz.
A ideia é criar no local um conjunto intergeracional, em que as várias gerações, crianças, jovens e idosos, poderão partilhar experiências.
Na sessão de apresentação do projeto, a presidente da Câmara Municipal, Carla Antunes Borges, falou num “magnífico investimento” e elogiou o “desafio que a Santa Casa abraçou”.
Recordando as dificuldades, “não financeiras ou de gestão”, mas de espaço “para a criação de melhores condições para os idosos” nas atuais instalações do lar, a autarca destacou o empenho da Mesa da Misericórdia que nunca baixou os braços e conseguiu encontrar “uma solução rápida, adequada na dimensão física e financeira para aquilo que eram as necessidades”.
“Não podia deixar o momento sem parabenizar publicamente a Santa Casa e os seus colaboradores por terem abraçado este grande objetivo e acima de tudo desejar-lhes felicidade na sua persecução”, disse.
“Reiterar também o compromisso que temos vindo a assumir em apoiar-vos no desenvolvimento deste desafio. Para nós o apoio de retaguarda à infância e idades mais avançadas são fundamentais e o que estamos a construir convosco é o futuro”, acrescentou.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Vale Besteiros, Fernando Meneses, afirmou “que tinha que se arranjar uma solução para os problemas”.
“Quem não vai, não vai e nós estamos a ir. As coisas só se não resolvem se não se conseguir”, sustentou.