A Necrópole de Paranho, situada na freguesia de Molelos, concelho de Tondela, foi descoberta pelo arqueólogo José Coelho em 1917, aquando de um passeio por terras de pinhal e mato da “Tia Olaia do João do Abade”.
Este monumento funerário colectivo, de acordo com o Livro de Notas do próprio José Coelho, apresentava uma fiada de pedras dispostas em arco de círculo. O local parecia ter sido violado há algum tempo, talvez por resineiros que encontraram “uma talha, ossos e pedacinhos de bronze comidos de verdete”. Neste cemitério havia 6 sepulturas das quais foram apenas escavadas 4, uma vez que as restantes se encontravam totalmente destruídas. Esta necrópole, que remonta à Idade do Bronze, atesta uma nova visão ritual da morte: a incineração. No interior das cistas, juntamente com ossos carbonizados e cinzas, foram exumadas algumas urnas em cerâmica, com forma semelhante à das panelas e dos púcaros fornecidos nesta região pelos oleiros de louça negra de Molelos.
As peças originais, propriedade do Município de Viseu, podem ser apreciadas no Museu José Coelho, encontrando-se uma réplica em destaque, como objecto do mês, no Museu Terras de Besteiros.

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Museu Terras de Besteiros