O momento da votação foi precedido de um amplo debate, detalhado, esclarecedor e transparente, em que foi possível aprofundar as diferentes rúbricas inscritas no documento, cuja elaboração teve por base um exercício de rigor, exigência e equilíbrio orçamental.
A este respeito, o Presidente do Município teve a oportunidade de explicitar as linhas estratégicas de desenvolvimento para o concelho e os domínios basilares do orçamento, nomeadamente, a educação, a iluminação pública e de edifícios, a intervenção social, a eficiência energética, a ampliação e beneficiação das zonas industriais do concelho, beneficiação de vias rodoviárias e investimentos na rede de água e saneamento.
Foram também explicitados os investimentos sustentados em candidaturas previstas pelo novo quadro comunitário de apoio, em particular o programa Centro 2020, mas dependentes da abertura dos concursos para obtenção de financiamento, através dos Investimentos Territoriais Integrados, que permitirão fazer intervenções nos domínios da educação (beneficiação da Escola Secundária de Tondela, criação de um Centro de Ciência Viva, iniciativas de promoção do sucesso educativo e criação do Gabinete de Intervenção Pedagógica), saúde (beneficiação da Extensão de Saúde de Campo de Besteiros), cultura (recuperação da fachada da Igreja Românica de Canas de Santa Maria e áreas envolventes) e medidas de inclusão e intervenção social e envelhecimento ativo.
O Presidente do Município também referenciou a candidatura submetida no quadro do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, que prevê a execução de investimentos no âmbito da mobilidade, da intervenção social e na regeneração urbana das áreas de reabilitação já delimitadas de Tondela e Caramulo, em particular a implementação de centros de competitividade e aceleradoras de empresas.
Este orçamento mereceu o reconhecimento da Assembleia Municipal, pela sua visão de desenvolvimento estrutural e planeamento, sublinhando-se o seu caráter dinâmico e com visão de futuro.
A apresentação e construção do Orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2016 ocorrem num período de grandes incertezas e insegurança em relação à estabilidade política dos próximos meses, bem como relativamente à estrutura e linhas macroeconómicas do Orçamento de Estado para 2016.
No entanto, salientam-se os bons indicadores financeiros do Município, que apresenta um diferencial positivo de 3 milhões de euros entre a receita e a despesa correntes. Assim, depois de expurgados o montante relativo à amortização média de empréstimos, o Município apresenta uma margem de equilíbrio corrente de cerca de 2 milhões de euros.
É neste contexto de seriedade e transparência que o Município reafirma a sua determinação em continuar a trabalhar no sentido de converter todos os desafios em oportunidades, adequando as linhas de investimento às novas realidades nacionais e europeias, promovendo o desenvolvimento sustentado do território, a valorização dos recursos locais, a atratividade industrial, a competitividade, a criação de riqueza e emprego e a promoção da melhoria da qualidade de vida das populações.